terça-feira, 29 de novembro de 2011

A sociedade portuguesa e a interculturalidade

Possuindo Portugal desde sempre uma tradição de contactos entre povos de várias etnias, embora prevalentemente fora do espaço europeu, o modo como a sociedade portuguesa avaliará a existência de comunidades de diferentes proveniências no seu seio apresenta peculiaridades comparativamente a outros países do continente.
A existência de comunidades africanas e asiáticas na sociedade portuguesa é determinada, em parte, pelo regresso maciço de naturais dos novos países de língua oficial portuguesa e, sobretudo, pelos contínuos fluxos de mão-de-obra oriundos daqueles espaços para Portugal verificados durante a décadade 80 .
Sucedendo porventura algo semelhante àquilo que ocorrera com as formas
de partida dos migrantes portugueses para França desde a década de 60, assim
a comunidade africana em Portugal dos anos 80 e 90 procurará este destino por
via da existência de redes de interação e da notória vantagem que constitui
a partilha de um veículo linguístico comum. Colocando, de modo omnipresente, em função do contacto entre sociedades diferentes, a questão do afinamento de formas mútuas de relacionamento, será pertinente observar os tipos de convivência que os indivíduos e os grupos entretecem. As expectativas que se constroem, os valores que se perfilam, a grande comunicação que se estabelece ou a rejeição que pode vir a manifestar-se são indicadores, em cada momento, do «estado»das relações interétnicas.

Ler mais em:http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223292775S5wUL0ix4Wv26XQ7.pdf

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Conceito de Interculturalidade

Conceito de interculturalidade

A interculturalidade tem lugar quando duas ou mais culturas entram em interação de uma forma horizontal e sinérgica. Para tal, nenhum dos grupos se deve encontrar acima de qualquer outro que seja, favorecendo assim a integração e a convivência das pessoas.
Este tipo de relações interculturais implica ter respeito pela diversidade; embora, por razões óbvias, o aparecimento de conflitos seja inevitável e imprevisível, podem ser resolvidos através do respeito, do diálogo e da concertação/assertividade.
Apesar de a interculturalidade ser um conceito recém-desenvolvido, não foram poucos os investigadores da comunicação, da antropologia, da sociologia e do marketing que já se debruçaram no mesmo. A noção distingue-se do multiculturalismo e do pluralismo pela sua intenção direta de fomentar o diálogo e a relação entre culturas.
Há que ter em conta que a interculturalidade depende de diversos factores, como é o caso das várias concepções de cultura, dos obstáculos comunicativos, da falta/debilidade de políticas governamentais, das hierarquias sociais e das diferenças económicas.

Interculturalidade

O conceito de interculturalidade tem uma forte relação com o de educação, ambos uma necessidade e exigência da sociedade atual. A complexidade e multiculturalidade são fenómenos intrinsecamente ligados ao mundo dos dias de hoje, onde globalização, migração, minorias e tentativas de hegemonia são realidades efetivas. A interculturalidade passa pois pelo desafio lançado pela globalização e suas implicações étnicas e culturais. Identidade, homegeneidade e diversidade são os eixos definidores da interculturalidade, que tem na educação e suas instituições e agentes os meios de desenvolvimento. Os valores são os da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da igualdade, tolerância, educação multicultural. A interculturalidade visa assim não apenas a formação mas também a integração dos grupos no todo social, perante o individualismo e a cultura consumista e imediatista da globalização. A interculturalidade pressupõe a educação democrática, a transnacionalidade da mesma e a superação dos hermetismos sociais do Estado-Nação, bem como a oposição à supremacia de culturas sobre outras.
A cidadania global, a educação e a sociedade em fusão, são os valores transversais da interculturalidade social do mundo de hoje, que se pretende integradora, equitativa, justa, responsável e solidária, de modo a manter as diferenças sem subalternizações nem sobreposições e intolerâncias. A interculturalidade é assim um dos instrumentos de amenização e refundação da sociedade moderna na senda da globalização. Ou está para além do materialismo político-económico: uma globalização de valores, de cultura, de formação, de identidades e de cidadania plena.
Como referenciar este artigo:
interculturalidade. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-11-28].

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Jornal escolar online

O Pinhas online

Na Escola Secundária de Pinheiro e Rosa foi recentemente criado um jornal online chamado “O Pinhas”.

É um herdeiro assumido do jornal escolar com o mesmo nome, mas em papel, entretanto desaparecido.

Vale a pena espreitar, ler e colaborar. “O Pinhas” aceita a colaboração de alunos e professores.

sábado, 8 de outubro de 2011

Violência doméstica

Violência contra as mulheres - Uma questão de Direitos Humanos

A violência contra as mulheres não é um problema de mulheres: é um problema dos homens, é um problema de toda a sociedade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) proíbe toda a forma de discriminação com base no sexo, garante o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal, reconhece a igualdade perante a lei e igual protecção contra toda a discriminação que infrinja a Declaração.

A Carta das Nações Unidas inclui como um dos seus princípios básicos a cooperação internacional no desenvolvimento e estímulo do respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais de todas e todos, sem fazer distinção com base no sexo (art.1.3).
A Convenção Europeia dos Direitos Humanos ( art.14º) dispõe que o gozo dos direitos humanos será assegurado sem discriminação nomeadamente com base no sexo.

II Encontro da CPCJ de Tavira | 14 Outubro | Tavira

No próximo dia 14 de Outubro realiza-se o II Encontro da CPCJ de Tavira - As famílias nos “trilhos” da infância e juventude. Este encontro irá abordar diferentes temáticas relacionadas com a infância e juventude.

Esta iniciativa terá lugar no Hotel Porta Nova em Tavira, com início pelas 9h00, e marcarão presença oradores diferentes áreas: técnicos da área social, psicólogos, forças de segurança, entre outros especialistas.

A APAV irá participar no segundo painel, subordinado ao tema “Violência no namoro - Detectar e Intervir”, representada por Rita Bessa, gestora do Gabinete de Apoio à Vítima de Tavira.

Programa
Mais informações: cpcj@cm-tavira.pt

domingo, 25 de setembro de 2011

Angola distinguida na Conferência internacional sobre direitos humanos

 

Brasilia - Angola foi distinguida pela sua participação em todos os painéis da X Conferência internacional sobre os direitos humanos das mulheres que decorreu de 19 a 23 do corrente mês, em Brasília, soube a Angop de fonte oficial.

Segundo a fonte, Angola fez-se representar nos painéis sobre direitos humanos, justiça para as mulheres, saúde, o combate e erradicação da fome e da pobreza e o empoderamento das mulheres.

No evento, uma promoção da Federação Internacional de Mulheres de Carreira Jurídica, Angola divulgou a lei contra a violência doméstica ,considerada como um ganho na harmonização das famílias angolanas e valorizou os esforços do Executivo em prol da redução da mortalidade infantil e no combate a fome e a pobreza.

Direitos humanos

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Recursos Pedagógicos para aulas sobre os direitos humanos

Na página da Amnistia Internacional existem recursos pedagógicos gratuitos úteis para aulas sobre os direitos humanos: vídeos, textos, etc. Neles pode encontrar a história e e a explicação dos direitos humanos e sugestões de atividades diversas. Vale a pena ver - AQUI.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Relatório aponta violação dos Direitos Humanos em Portugal

Tortura e abuso nas prisões em Portugal

"A polícia e os guardas prisionais ocasionalmente agridem ou abusam de detidos e presos, os menores encarcerados não são mantidos em separado dos adultos, as condições nas prisões são más e indivíduos detidos pela polícia não tiveram direito eficaz a um advogado", salienta o relatório.
O capítulo dedicado a Portugal identifica "problemas humanitários em várias áreas", como a existência de "relatos credíveis de uso excessivo de força pela polícia" e de maus tratos a detidos por guardas prisionais, como os do Conselho Europeu para a Prevenção da Tortura e também da comunicação social.
Alguns destes relatos, adianta, levaram a investigações ao nível da Inspecção Geral da Administração Interna (IGAI), que culminaram em cartas de reprimenda, suspensões temporárias, penas de prisão, reformas compulsivas e expulsão das forças de segurança, adianta o relatório.
Quanto às prisões, as condições "mantiveram-se más" no ano passado, devido a problemas de sobrelotação, instalações degradadas e insalubres e violência entre reclusos.
As taxas de prevalência de HIV/Sida e de hepatite C são "altas", sublinha o Departamento de Estado.

Prolongado regime de prisão preventiva

"Muitas das linhas orientadoras e propostas legislativas que o Governo adotou em 2004 para reformar o sistema prisional não foram aplicadas na prática. Contudo, foram introduzidas algumas melhorias ao longo do ano, incluindo uma diminuição da sobrelotação e formação de pessoal", acrescenta o relatório.
Outro problema identificado é o prolongado regime de prisão preventiva, "devido habitualmente a demoradas investigações e procedimentos judiciais, ineficiência judicial e falta de pessoal".
O documento aponta ainda para casos de discriminação e de agressões a mulheres, incluindo violência doméstica, apesar do regime legal oferecer proteção e de ter sido criado um órgão a nível governamental (Secretaria de Estado da Igualdade) para lidar com o problema.


Ler mais AQUI.

sábado, 17 de setembro de 2011

Ajudar

Embora o tema seja diferente, neste vídeo existem diversos pontos comuns a ESTE outro.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Interculturalidade

Como lembra Roberto Carneiro, um dos maiores problemas da sociedade actual
reside na amplamente constatada impreparação da humanidade para assimilar uma das maiores transformações culturais de sempre: a vizinhança global impulsionada pelos media; a crise das instituições de socialização tradicionais, designadamente a família; a explosão das liberdades pessoais e o neoliberalismo triunfante; a “mobilidade” acrescida das culturas e o incremento das interfaces de contacto; o enfraquecimento do papel do estado; a falência dos mecanismos multilaterais de regulação de primeira geração; os fundamentalismos de origem étnica e religiosa;
a miséria, a exclusão, a marginalidade e o desemprego crescentes; os sindicatos do crime depenetração tentacular; o “afundamento” do continente africano; e assim por diante.

IN: Roberto Carneiro – Fundamentos da Educação e da Aprendizagem, Vila Nova de Gaia, Fundação Manuel Leão

segunda-feira, 12 de setembro de 2011